A atrofia vaginal é um tópico que muitas vezes permanece nas sombras, apesar de sua prevalência e impacto significativo na qualidade de vida das mulheres. Este artigo visa esclarecer quatro informações valiosas sobre a atrofia vaginal, ampliando a compreensão e promovendo uma abordagem mais informada para o seu manejo.
1. Atrofia vaginal: Não apenas um problema da menopausa
Contrariamente à crença popular, a atrofia vaginal não é exclusiva das mulheres na menopausa. Mulheres mais jovens também podem ser afetadas, especialmente em situações que levam à queda na produção de estrogênio. Estas incluem o período pós-parto, a amamentação, cirurgia de retirada dos ovários, e o uso de certos medicamentos, como o acetato de gosserrelina, frequentemente utilizado no tratamento de endometriose ou miomas uterinos.
2. Ressecamento vaginal ≠ atrofia vaginal
É importante diferenciar o ressecamento vaginal da atrofia vaginal. Enquanto a atrofia é uma condição específica, o ressecamento pode ter várias causas, incluindo infecções vaginais, tabagismo, uso de medicamentos, alguns métodos contraceptivos e fatores psicológicos. Portanto, nem todo ressecamento vaginal durante a menopausa é atribuído à atrofia.
3. Lubrificantes íntimos: Alívio temporário, não uma solução
Lubrificantes íntimos são frequentemente usados para aliviar o desconforto durante
a relação sexual em mulheres com pouca lubrificação natural. No entanto, é crucial entender que eles oferecem apenas um alívio momentâneo. Embora possam tornar o sexo menos doloroso para mulheres com atrofia vaginal, os lubrificantes não tratam a condição subjacente. Seu efeito é limitado ao período da atividade sexual.
4.Hidratantes vaginais: Auxiliam no tratamento do ressecamento vaginal, com duas aplicações semanais mas sem tratar a causa da patologia. Muito úteis como complemento de outros tratamentos como a aplicação de laser.
5. Fatores de risco para Atrofia Vaginal
Certas mulheres têm um risco maior de desenvolver atrofia vaginal. Fatores que aumentam a probabilidade incluem tabagismo, ausência de atividade sexual regular, histórico de tratamento de câncer de mama, radioterapia pélvica e distúrbios imunológicos. Conhecer esses fatores de risco pode ajudar na prevenção e no diagnóstico precoce da condição.
A atrofia vaginal é uma condição que merece atenção e compreensão. Desmistificar e fornecer informações precisas é fundamental para que as mulheres possam buscar tratamento adequado, melhorar sua saúde e qualidade de vida. É importante consultar um ginecologista para discutir quaisquer preocupações ou sintomas, encontrar a causa e explorar as opções de tratamento mais adequadas.
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Fonte: Dra. Ana Luiza Rios