A colposcopia é um exame que permite ao médico visualizar de forma ampliada a superfície do colo do útero, vagina e vulva, usando um colposcópio. Este procedimento pode ser útil no diagnóstico de várias condições, incluindo infecções por HPV, lesões pré-cancerosas e câncer. Quando se trata de candidíase de repetição, a colposcopia pode ajudar de várias maneiras:
Diagnóstico diferencial: A colposcopia pode ajudar a identificar outras condições que possam ser confundidas com candidíase devido à similaridade dos sintomas. Isso inclui lesões ou infecções causadas por HPV, herpes genital, e outras condições inflamatórias. Ao distinguir entre essas condições, o médico pode garantir que o tratamento adequado seja aplicado.
Identificação de lesões associadas: Em alguns casos, infecções recorrentes por Candida podem estar associadas a lesões ou alterações no epitélio do trato genital inferior, que podem ser melhor identificadas e avaliadas através da colposcopia. Essas alterações podem incluir áreas de inflamação ou atipias que não seriam detectadas por um exame físico padrão.
Monitoramento de tratamentos: Para mulheres que estão passando por tratamentos para condições identificadas durante a colposcopia, o exame pode ser repetido para monitorar a resposta ao tratamento. Isso é particularmente útil se foram identificadas lesões pré-cancerosas ou outras alterações significativas.
Orientação de biópsia: Se a colposcopia revelar áreas suspeitas, o médico realiza biópsia direcionada dessas áreas para uma avaliação histológica mais detalhada. Isso pode ajudar a identificar a causa subjacente das infecções recorrentes por Candida, especialmente se houver preocupações sobre lesões pré-cancerosas ou outras condições patológicas.
Embora a candidíase recorrente seja, na maioria das vezes, tratada com antifúngicos e mudanças no estilo de vida ou dieta, a colposcopia pode ser uma ferramenta valiosa para explorar causas subjacentes não óbvias dessas infecções. É importante lembrar que cada caso é único, e a decisão de usar a colposcopia como parte da avaliação depende da avaliação clínica individual feita pelo médico.
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Fonte: Dra. Ana Luiza Rios
