O HIV é uma infecção muito estigmatizada, por isso muitas pessoas têm receio de fazer o exame. Entretanto, ele é fundamental para que a infecção seja descoberta o quanto antes e o tratamento possa ser iniciado. Até mesmo porque, ter HIV não é o mesmo que ter AIDS, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida e o tratamento evita que a pessoa desenvolva essa síndrome.
Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, 982.129 casos de AIDS foram detectados no Brasil, de 1980 a junho de 2018, sendo 24% jovens de 15 a 24 anos.
O que é HIV?
O HIV é uma IST, ou seja, uma Infecção Sexualmente Transmissível. Sendo assim, a principal forma de contágio é a via sexual. Essas infecções são causadas por micro-organismos como fungos, bactérias e vírus. No caso do HIV, a infecção é causada por um vírus denominado vírus da imunodeficiência humana.
Existem 2 tipos de vírus causadores da infecção, o HIV-1 e o HIV-2. Grande parte dos casos da epidemia global de Aids é causada pelo HIV-1. A infecção pelo HIV-2 é endêmica em países da África Ocidental como Costa do Marfim e Senegal. A transmissão do HIV-2 é atualmente baixa em outros países do Ocidente.
Embora não exista uma cura para essa infecção, o tratamento, chamado de terapia antirretroviral (TARV), é fundamental para a melhoria da qualidade de vidas das pessoas que vivem com o vírus. Além disso, ele contribui para diminuir as chances de transmissão do HIV e pode evitar que a pessoa desenvolva a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS – do inglês).
Qual a diferença entre HIV e AIDS?
Uma pessoa, após ter sido infectada pelo vírus HIV, pode permanecer muitos anos sem desenvolver nenhum sintoma. Nesse caso, dizemos que a pessoa está vivendo com HIV.
A AIDS é o estágio mais avançado da infecção pelo HIV e surge quando a pessoa apresenta infecções oportunistas (que se aproveitam da fraqueza do organismo, como tuberculose e pneumonia) devido à baixa imunidade ocasionada pelo vírus.
Clinicamente, a infecção pelo HIV é dividida em três fases: aguda, assintomática e de latência clínica e AIDS.
Fase aguda (3 a 4 semanas)
A fase aguda corresponde às primeiras semanas de infecção. Nessa fase, a pessoa pode não apresentar sintomas ou ter poucos sintomas como febre, dor de garganta, dor de cabeça, dor ocular, dentre outros. Como esses sintomas são semelhantes aos de uma gripe, muitas vezes passam despercebidos. Passado esse período, inicia-se a próxima fase, denominada fase assintomática ou de latência clínica.
Fase assintomática ou de latência clínica (8 a 10 anos)
Nessa fase, embora o HIV esteja se replicando no organismo, geralmente não há o desenvolvimento de manifestações clínicas. Nesse período de latência, o risco de propagação da infecção aumenta quando a pessoa que vive com HIV desconhece a infecção.
Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)
Nessa fase, a pessoa fica doente devido ao comprometimento do sistema imunológico e a pessoa fica mais propensa a desenvolver infecções oportunistas. Desta forma, os sintomas variam de acordo com o agente causador da dessa infecção, mas geralmente incluem perda de peso, cansaço incomum, sudorese noturna, falta de apetite, diarreia, ressecamento da pele, queda de cabelo, entre outros.