Atualmente os quadros característicos de Aids, frequentemente vistos nas décadas de 80 e 90, são cada vez mais raros, pois o tratamento se tornou bastante efetivo no controle da infecção. Portanto, a AIDS ocorre especialmente em pessoas que não foram diagnosticadas precocemente ou que não aderiram ao tratamento proposto. Os sintomas são variados, desde sintomas leves e gerais, como suor noturno, cansaço, emagrecimento sem causa, diarreia (às vezes tem vírus que acometem os pacientes com a HIV e acabam dando diarreia frequente), candidíase oral e vaginal de repetição (que não melhora), até quadros infecciosos graves como pneumonia e meningite. Além disso, o paciente pode ter infecções oportunistas.
Para entender melhor, temos que lembrar que uma pessoa saudável, ao entrar em contato com vírus, bactérias e fungos produz uma resposta imunológica e consegue conter, em grande parte das vezes, a proliferação desses microrganismos, combatendo possíveis infecções.
Como o HIV infecta as células de defesa, essa vigilância e resposta à presença de microrganismos pode estar prejudicada e por isso, há maior chance de desenvolver infecções repetidas vezes. Um exemplo frequente de infecção recorrente é o herpes simples (labial ou genital) e o herpes zoster (cobreiro).
As infecções de pulmão e sistema nervoso central ocorrem com maior frequência e podem ser causadas por agentes atípicos como fungos e vírus.
Outro risco dessa redução de imunidade é do desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como um tipo específico de câncer de pele (sarcoma de Kapose), tumores de gânglios (linfomas), câncer de colo de útero, vulva, vagina, pênis e anus.
QUAIS OS SINTOMAS DO HIV?
Na fase assintomática ou de latência da infecção pelo HIV, o paciente não apresenta nenhum sintoma. Eventualmente podem ocorrer linfoadenomegalias (aumento dos gânglios, “ínguas”) e alguns poucos sintomas gerais, como cansaço e aumento da sudorese durante a noite.
Na maioria das vezes, por não ter sintomas, a infecção pelo HIV é descoberta após a realização de exames laboratoriais com detecção dos anticorpos.
O HIV deve fazer parte da rotina de exames de todas as pessoas, especialmente para pessoas que já receberam transfusão sanguínea, tem múltiplos parceiros, usuários de drogas e para pessoas com diagnóstico de outras infecções sexualmente transmissíveis.
O conselho federal de Medicina orienta que há benefício na coleta concomitante dos exames de HIV, Hepatite B e C e sífilis, pois o diagnóstico precoce, antes das manifestações clinicas, permite o tratamento precoce e melhores resultados e prognóstico.